À
escola de maneira geral (Educação Básica) foi delegada a
função de formação cultural em diferentes níveis dos
cidadãos (Artigos 29, 32 e 35 da LDB). Faz isso através
da seleção e organização da cultura no que chamamos de
"conteúdos", esses por sua vez são organizados
didaticamente para o desenvolvimento da relação de
ensino-aprendizagem.
No
materialismo histórico dialético, as bases do
processo educativo calcam-se no meio em que o homem vive,
há uma práxis que se estrutura a partir da forma como o homem
produz sua existência e a realidade
social também é produzida por estes. Em sociedades desiguais e que
acentuam antagonismo de interesses, a educação também
expressa essa bipolaridade de percepções acerca de como o
homem se educa e os fins do processo educacional.
A
burguesia
para manter sua condição arroga
no ideal que
reduz a ciência à administração do existente (LUKÁCS,
1984), estando esta última impedida de discutir as questões
fundamentais do mundo. Os
proletários,
ao contrário, têm profundo interesse na verdade a qual é
condição para a transformação do mundo e sua construção
sobre novas bases: a dos trabalhadores livremente associados.
Essa
polarização impede uma convergência sobre a função geral da
escola. O Estado põe-se como mediador desse antagonismo, mas na
realidade tem lado porque na disputa da agenda pública os interesses
da classe hegemônica, política e economicamente, prevalecem.
Atualmente, cada vez mais, a escola e seus profissionais andam ganhando novas funções e a escola se torna um ambiente que caminha para além dos conteúdos.
ResponderExcluirSeja bem vindo com seu blog, espero que possamos compartilhar muitas coisas sobre educação.
Beijos